Elas sabem criar monstros como ninguém. Mary Shelley e Milicent Patrick possuem esse dom em comum. Artistas e criadoras capazes de dar vida à escuridão. Foi da mãos delicadas e da mente genial de Milicent Patrick que O Monstro da Lagoa Negra ganhou vida e tomou as telas de todo o mundo.

Em 1954, a Universal Studios se preparava para o lançamento mundial de sua produção de terror mais recente. Com O Monstro da Lagoa Negra, Milicent Patrick entraria para a história por dar rosto ao pesadelo. Nenhuma mulher havia sido responsável pelo design de um monstro para um longa-metragem até então.

A atenção inicial em seu nome incomodou muitas pessoas que se esforçaram para tirar os holofotes da brilhante artista. Naquela época, os créditos cinematográficos não eram tão abrangentes como os de hoje, e o nome de Milicent Patrick não apareceu em nenhum lugar do filme. Enquanto a Criatura se tornava uma das criações cinematográficas mais icônicas de todos os tempos, o nome de Milicent Patrick afundava nas águas turvas do esquecimento. Até agora.

Em A Dama e a Criatura, a roteirista e produtora Mallory O’Meara une os fragmentos da história de Milicent Patrick para colocar a artista em seu lugar de direito: o de pioneira na indústria cinematográfica de horror. A vida de Milicent foi moldada, em parte, por monstros reais e os obstáculos postos em seu caminho por uma cultura patriarcal, mas sua criação sobreviveu a gerações — a Criatura ainda é um dos mais bem-projetados e reconhecidos monstros da história do cinema, e foi homenageada por artistas como Guillermo del Toro no filme ganhador de quatro Oscar, A Forma da Água.

Repleto de detalhes fascinantes, humor bastante afiado e pesquisa incomparável, A Dama e a Criatura entrelaça a vida de Milicent Patrick com a da própria autora, duas mulheres separadas por décadas, mas unidas pelas tragédias e triunfos de trabalhar em Hollywood, para expor as pequenas e lentas mudanças que se sucederam em quase 70 anos.

Um documento histórico poderoso que não só repara uma injustiça de décadas, como também ajuda a fortalecer o caminho trilhado por muitas mulheres na indústria cinematográfica, A Dama e a Criatura chega pela DarkSide® Books em parceria com a Macabra Filmes em uma edição monstruosa, que qualquer Criatura iria querer abraçar no fundo do oceano.

A Colheita Macabra na DarkSide Books

A Macabra Filmes e a DarkSide® Books selaram um pacto eterno e inauguraram, no início de 2020, o selo Macabra para apresentar livros e quadrinhos transgressores ao público brasileiro. Casa de obras como a coletânea Vitorianas Macabras e o clássico perturbador A Garota da Casa ao Lado, apresenta ao público a sua primeira colheita do ano: A Dama e a Criatura, a história não contada da primeira designer de monstros do cinema; Madame Tussaud: A Pequena Colecionadora de Corpos, a vida macabra da lendária artista Marie Tussaud; o terceiro volume de Medicina Macabra, uma evolução histórica das bactérias quase invisíveis que ameaçam o planeta; e Herança de Família, o quarto volume da adorada série de terror em quadrinhos Condado Maldito. A fazenda está pronta para uma nova temporada com seus leitores macabros.

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